Em meados dos anos noventa, ouvi de um antigo chefe o seguinte conselho: “Val, quando você estiver passando por um momento difícil, acredite no seu instinto e só nele. Muita gente do bem vai estar disposta a lhe ajudar, mas, só você sentirá a dor do momento e só você conseguirá passar a tormenta”.
Mas, eu esqueci desse conselho durante quase três décadas. Lembrei dele ao conversar com a minha sobrinha sobre os meus negócios e as dificuldades enfrentadas durante a pandemia. Ela me disse a mesma coisa de uma forma mais simples: “Segue o teu instinto, só ele“.
Escutei milhões de vezes durante a vida: “mas, fulano não se ajuda!”. É exatamente isso, só você é capaz de se ajudar e seguir em frente. Por mais ajuda que você receba, se o seu “eu” não estiver conectado com o que você precisa, a coisa não vai andar. Não há mal que nunca acabe e nem bem que dure para sempre, vocês já devem ter ouvido isso, não?!
É claro que existem situações muito diferentes, de ordem social e econômica, que interferem diretamente no “querer é poder”. Não sou fã dessa frase, pois a considero de extremo mau gosto em um país como o nosso. Duvido que algum brasileiro de baixa renda não queira se livrar das dificuldades que tem, mas, isso é assunto para outro momento.
Voltando ao tema do post, em tempos difíceis podemos fazer descobertas fascinantes sobre comportamento humano (próprio e dos outros) e o mundo organizacional:
- Uma boa rede de contatos pode ajudar muito, mas, não são todas as pessoas que colaborarão com você nos momentos difíceis.
- Há quem se aproveite da sua situação, transformando a ajuda em benefício próprio. Releve, a situação não está fácil para ninguém e cada um dá o que tem.
- Quem está procurando emprego automaticamente ganhará o céu. Não há penitência maior que depender das plataformas de seleção de currículos.
- Você pode até ser muito bem indicado para uma vaga, mas, isso não lhe garante absolutamente nada. Há poderes sobrenaturais em algumas profissões.
- A sua vulnerabilidade poderá ser o seu maior propulsor. No entanto, lembre-se: usar sua vulnerabilidade como marketing pessoal é dar um tiro no próprio pé.
- O ser humano precisa fazer caridade. E caridade não é trabalhar de graça. Tire de seu negócio as “participações especiais”, ou você continuará sendo coadjuvante do seu próprio empreendimento.
- Sabe aquela sensação de inutilidade que aparece em momentos como esse? Então, se você quiser manter sua saúde mental, aceite a sensação e deixe que ela suma sozinha. Ela sumirá, acredite!
Em todo esse processo é importante nutrir a sua essência e alinhar seu propósito com a estratégia. Recalcule a rota quantas vezes for necessário, sempre mantendo-se fiel a si mesmo e à sua história.
E por fim, siga o seu instinto, só ele!
2 Comentários. Deixe novo
Fantástico ! Nunca esqueça que não existe fracasso na vida, só resultados !!!💞
Isso mesmo! 🙂 <3