A pandemia tem nos permitido refletir sobre diversos assuntos, em alguns momentos com mais propriedade, em outros nem tanto. Uma das discussões que tem movimentado a web é o conteúdo das redes sociais on line, como Facebook, Instagram, Linkedin, e outras. Muitas pessoas questionam o conteúdo publicado nessas redes, bem como o comportamento das pessoas ao interagir com o que é publicado. Como profissional de marketing e comunicação, acompanho e estudo essas interações, bem como o impacto delas em nosso comportamento.
São vários os elementos que podem explicar esse “desgosto” pelas redes on line nesse momento:
- Fala-se tanto em “customização” e em “ser único”, mas os conteúdos desenvolvidos a partir das cartilhas dos gurus de marketing digital são feitos para as massas e seguem um padrão específico, e todo padrão em determinado momento faz transbordar a bacia da tolerância. Afinal, cada um é cada um, né?!
- Comportamento da manada: seguimos pessoas que outras pessoas estão seguindo e ponto. Não nos preocupamos em saber um pouco mais sobre esse perfil, onde vive, o que come, com quem se relaciona, no que acredita. Seguimos porque como o perfil está “bombando”, não podemos ficar para trás ou passar a imagem de “alienados”.
- Crença de que existe uma fórmula mágica que resolverá todos os nossos problemas, porque continuamos acreditando que aparecerá alguém que nos dirá exatamente o que temos que fazer em cada situação. Afinal, quem pode ser melhor do que o perfil mega, hiper, ultra de sucesso, para nos dizer o que fazer para ser uma (um) mega, hiper, ultra mulher/homem de sucesso?
- Desespero pelo momento, nos tornamos presas fáceis para conteúdos “mágicos” e com propostas “aladas”. A técnica de uso de frases de impacto, da “jornada do herói”, da ênfase nas vitórias, está nos exaurindo a ponto de deixarmos de ler o que deu errado, o que não deu certo. Mas como vamos evoluir sem aprender com os nossos erros?
- Patrulha das redes sociais, nos tentando impor que cores usar nos posts, qual a linguagem que mais engaja, e outras bobiças mais. Quero deixar claro que não me refiro aqui a ataques virtuais ou a qualquer tipo de bullyng cibernético. São aqueles perfis sem noção que acham mais fácil criticar o que os outros publicam do que dar um “unfollow”.
Bem, eu posso citar vários outros motivos pelos quais nos sentimos aborrecidos e entendiados com as redes sociais on line, mas o meu propósito aqui é fazer com que esses cinco itens, abram a mente das pessoas sobre esse assunto. É importante que cada um reflita sobre o seu momento nas redes e tome a sua própria decisão de estar nelas ou não. A vida é feita de escolhas e cada um deve escolher o que é melhor para si, independente da opinião de outros.
Sinta-se à vontade para comentar sobre esse assunto aqui. Discussões sadias são sempre bem-vindas.
Obrigada!
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